Sopros do coraçao

Tuesday, February 21, 2006

Papel de Parede

Às vezes gostava de saber o que somos nós, pessoas, e chego à conclusão que somos como papel de parede. Somos esmurrachadas se preciso, usadas, rasgadas, arrancadas, enroladas e deitadas fora para sermos recicladas. Depois somos bem tratados durante algum tempo para no fim voltarmos ao mesmo ciclo vicioso...Voltarmos a ser papel de parede.
E custa, talvez mais a uns do que a outros, custa ser papel de parede. Mas vendo bem imagino o que seria a vida sem isto? O que seria a vida se tudo fosse cor de rosa? Se agora, d eum momento para o outro, tudo nos sorrisse e se tudo acontecesse bem, à hora certa e no momento certo? Seria tudo tão chato que aí até nós pediríamos um pouco de sofrimento. Talvez fossemos nós a maltratar o nosso papel de parede sem nos lembrarmos que já fomos como ele. Porque as pessoas têm esse vício. Sim, falo por mim, também eu cometo esse erro iracionalmente. Todos o cometemos.
Mas às vezes imagino-me papel de parede...Colado, silencioso, com flores decorativas e alegres. Amarelo, laranja, azul, verde. Sereno, calmo. A observar tudo. Sem passar de papel de parede.
Um dia irei experimentar passar uma tarde inteira de pernas e braços abertos, encostada a parede que mais gosto ca em casa, sem de lá sair...para ver qual a verdadeira sensaçao de ser papel de parede...Sim, digo a verdadeira sensaçao, porque todos nós durante a vida vivemos momentos de "papel de parede"...

6 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Nem sei como hei-de começar por comentar este post, porque escrevo, depois apago, etc. Acho espantoso a maneira como usas a comparação com o papel de parede, porque eu próprio, após ler tuas simples palavras, me identifico com tal. Não tenho papel de parede, mas uma parede rugosa e aspera. Será que se identifica mais comigo? Não sei, acho que não, mas gostaria de ter os meus momentos de papel de parede liso, suave, colorido e alegra, porque é assim que devemos ser todos os dias...

ALEGRES

O mundo a nossa volta pode não ser cor-de-rosa, mas nós podemos dar uma cor a esse mesmo mundo, basta nós querermos muito.

Bjinhos

8:45 PM  
Blogger Conchita said...

Tu tens até o dom de poder dar uma cor diferente ao Mundo sempre que quiseres:)
Quanto ao papel de parede...eu também não o tenho, tal como a tua parede a minha também é áspera e rugosa...mas quando fiz a comparaçao era mm com o papel de parede...daqueles que vimos nas casas antigas dos nossos avós...naquelas amostras de quartos que vem naquelas revistas, etc..Pensa no papel de parede e vais ver...so nos falta a cola nas costas:)e olha k mm assim...de vez em quando ainda colamos...mas, felizmente a nossa cola nao é tao boa porque dra pouco tempo:)

8:49 PM  
Anonymous Anonymous said...

Eu na minha opiniao, por enquanto, nao sou um papel de parede alegre, ainda sou um papel de parede vulgar, sem cor... Mas encontro-me a melhorar essa situação, à procura da minhar cor, do meu tom...

bom dia amorinhas lindas e bjinhos

9:39 AM  
Blogger Conchita said...

Bom dia, Dave:)
Tu és um parede de papel alegre sim..porque isso nasce com o papel de parede so que as vezes a vida prega-nos partidas que nos deita abaixo..e depois só depende de nós...Ou nos levantamos e com muita força de vontade voltamo-nos a colar a parede; Ou desmoronamos de vez e nao nos levantamos mais do chao..está nas nossas maos e até aposto que sei o que iras fazer:)
Beijinho

10:09 AM  
Anonymous Anonymous said...

Sabes? Entao acertaste, é mesmo isso que vou irei fazer :-)

Meter muita cola nas costas e colar-me, erguer-me e sorrir...

bjinho

10:19 AM  
Blogger Conchita said...

São poucos os papéis de parede que não têm força suficiente para nao se erguer...mas eu sei que tu tens essa força:)*

12:12 PM  

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